9 de abril de 2008

"Amor"

Interrogaram-me se algum dia amara
E eu não soube dizer
Mas hoje sinto que estou preparado para responder

Amar na sua verdadeira essência
Nunca amei…

Outrora interrogava-me como seria possível, pessoas tão diferentes, física ou psicologicamente, gostarem-se tanto…
Como seria possível casarem-se…e o que as levava a casar…
Que sentimento é preciso sentir, para sabermos que está na altura certa para casar?
Será que se faz algum “click” em nossas cabeças?

Hoje eu digo que não…porque o que leva a isso é sem dúvida o amor.
Não estou a falar daquele amor convencional, em que qualquer pessoa afirma para a outra que a Ama sem tomar consciência real da grandeza que essa palavra arrasta consigo. Não…

Falo do Amor incondicional.
Amor que não olha ao físico (independentemente do que a pessoa é ou se pode tornar – mais gorda/mais magra/deficiente – o amor continua, porque se gosta pelo que a pessoa tem e representa)
Amor que, como diz o nosso grande cantor Rui Veloso, não se ilude com lados felizes pois o lado solar só dura um segundo e não é por este que se deve amar mas sim pelo lado lunar, que mesmo às escuras não vamos reclamar.
Amor é querer estar sempre com a pessoa de que gostamos, é querer partilhar tudo, é fazer dessa pessoa o nosso porto seguro e saber que ali está e estará sempre o nosso amor.
Amor é não ter medo de se entregar, de colocar nas mãos da outra pessoa todo o nosso corpo, todo o nosso sentimento, todo o nosso futuro…é simplesmente não ter medo de sofrer…
…porque o passado já ficou para trás;
…o presente é o que se vive (e tem que se viver com grande intensidade);
…o futuro é aquilo que podemos construir, com uma visão utópica…